terça-feira, 23 de dezembro de 2008

PROCURANDO INSPIRAÇÃO (OS CONFIRMADOS DA BLOGOSFERA)


Como faz um tempo que não escrevo, resolvi atualizar o blog. Mas o que escrever??? Sempre essa dúvida cruel...

Resolvi escrever um textinho sobre o natal. Ok, sei que não foi um assunto muito original, mas fazer o quê? Escrevi sobre as compras de natal, sobre aquelas pessoas que não trocam mais de meia dúzias de palavras com você o ano todo e agora vem com presentinhos, só para garantir o seu próprio presente também. Os falsos colegas na empresa que passam o ano te dando rasteiras e nessa época vem, na maior cara dura, te abraçar, te desejar um Feliz Natal, boas festas. Mas o texto acabou ficando tão pesado, tão duro que acabei por abortá-lo. Sim, eu faço isso, aborto textos aos milhares, já até escrevi sobre isso: Confere aí se quiseres.

Para não ficar sem o que escrever, resolvi dar uma navegada pelos bons blogs que conheço. Sim, porque para procurar inspiração para escrever tu tens que recorrer aos bons blogs da blogosfera, porque às vezes tu te interessa por um, entra para dar uma espiada e se apavora. Às vezes fico pensando porque o sujeito perde tempo fazendo uma porcaria daquelas. Não que o meu seja ótimo, maravilhoso, mas têm alguns que são medonhos. E, modéstia a parte, os que tenho na minha lista são ótimos. Então é melhor ir direto aos que não tem erro, aqueles que tu sabe que sempre vai encontrar coisa boa.

Foi então que entrei no blog do Rodrigo, e li uma homenagem que ele fez para o marido da sua empregada. Um texto lindo, leve e profundo. E identifiquei muito do personagem com o meu pai, que não cuida muito da sua saúde e dá muita atenção a um cavalo que comprou. Cuida mais do cavalo do que de si mesmo. E todos nós o criticamos. Mas, lendo o texto do Rodrigo, me veio aquele estalo: Mas, e daí? Se é aquilo que lhe faz feliz, por que não apoiá-lo? Ele já teve uma vida tão sofrida, porque não deixa-lo se divertir com o único passatempo que tem, com a coisa que lhe traz mais alegria?

Valeu Rodrigo, muito obrigado. Nesse Natal vou ser mais compreensivo com as pessoas ao meu redor. Não vou apenas criticá-los, mas tentarei entender seus motivos e apóia-los.

Viu como um bom texto num bom blog pode lhe trazer inspirações e até mudar seu jeito de pensar? É só procurar os bons que não tem erro!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

CAPITU


Assisto hoje ao primeiro capitulo da mini-série Capitu, inspirado no livro “Dom Casmurro” de Machado de Assis. Aparentemente é um seriado bem feito, tentando ser o mais fiel possível ao livro. É interessante você ver os trechos do seriado e relembrar-se dos trechos do livro que ficam em sua memória e aqueles que voltam à tona.

Mas sempre se que passa uma obra literária para filme têm-se aquele impacto natural de início. Pois, na minha opinião, a grande vantagem e o fascínio do livro, é que nele você é quem cria. Tu és de certa forma um sub-autor, ajuda a compor o livro, pois é você que cria na sua mente os cenários, compõe os personagens. Por mais bem detalhados que eles sejam descritos, e nisso Machado de Assis é mestre, é sempre o leitor que compõe mentalmente a figura do personagem, seus detalhes, suas curvas. Já na TV, por mais bem feito que seja, será sempre uma versão do diretor, seus pontos de vista, e mais ainda o desafio de tornar a obra popular.


Como sempre, os filmes ou mini-séries baseados em livros alavancam as vendas dessas obras. Tomara que isso aconteça com Machado, que os brasileiros redescubram esse gênio, que ler seus títulos torne-se um hábito do brasileiro, que se leia Machado de Assis por hábito, e não por obrigação, como fazem boa parte das pessoas.


Li certa vez, e não me lembro onde, que se deveria ler Machado de Assis no mínimo uma vez por ano, para se revisar, se aperfeiçoar na língua portuguesa. Que assim o seja!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A TRAGÉDIA DE SANTA CATARINA




Em Maio escrevi um post intitulado “A Empáfia do Homem”, onde eu afirmo que o homem se considera o ser superior do universo, acredita poder manipular a vida, recria-la, acredita que sua tecnologia lhe dá o poder de tudo, mas mostra-se uma vítima indefesa e incapaz de controlar a fúria da natureza. E, infelizmente, tivemos mais uma amostra disso, que foi a tragédia de Santa Catarina.
O programa “Profissão Repórter”, liderado pelo excelente Caco Barcelos, têm se destacado como o melhor programa jornalístico da televisão brasileira, na minha opinião, e hoje apresentou mais uma excelente reportagem, triste e emocionante, cobrindo o desastre em Santa Catarina.
É doloroso ver o sofrimento de tanta gente. Milhares de pessoas perderam todos os bens que tinham em suas vidas, perderam tudo! Uma senhora, que apareceu no programa, perdeu os móveis, as roupas, a casa. Mas perdeu coisas mais preciosas ainda, perdeu a família inteira: pais, marido, filhos, netos. Sobreviveram apenas ela e um dos filhos. Imagine a dor dessa senhora, e de tantas famílias em situação semelhante.
Mas esse povo também têm dado uma grande lição de vida a todos nós. Depois da tragédia, levantar a cabeça e seguir em frente, reconstruir suas vidas! Tem se mostrado unido, nesse momento de dor. Bombeiros e voluntários que são verdadeiros heróis. E o povo brasileiro também tem dado um grande exemplo, com milhares e milhares de doações à população catarinense.
Às vezes nós lamentamos, nos queixamos com pequenas coisas que acontece em nossas vidas, e de repente presenciamos os verdadeiros dramas da vida, e percebemos que nossos problemas são tão pequenos, tão insignificantes perto dos problemas de outras pessoas. Me pergunto se eu, nessa situação, teria essa força para reagir, para me levantar e reerguer minha vida. Não sei, só sei que nos momentos mais difíceis é que encontramos força dentro de nós para dar a volta por cima.
Uma das muitas lições que essa tragédia nos deixa é de pararmos de dar tanto valor as coisas materiais, pois elas podem simplesmente ir embora de uma hora para a outra. E darmos valor
para as coisas que realmente importam, que são nossos valores e as pessoas a nossa volta, pois nunca sabemos o momento que elas não estarão mais conosco.