segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

PRECONCEITO LITERÁRIO

Todos nós sabemos que existem centenas de tipos de preconceitos: Cor, raça, sexo, instrução, aparência, etc. Mas existe uma que é pouco falada, e que eu, particularmente, tenho esse preconceito. Ou tinha.

É o preconceito literário. Tudo bem se você nunca ouviu falar nele, eu também nunca ouvi. Talvez alguém já tenha escrito sobre ele, mas eu nunca vi.
Um exemplo desse preconceito são os chamados livros de “auto-ajuda”. Claro que nesse universo literário existem muita porcaria, como em todos os gêneros, mas muitas pessoas, eu, inclusive, só em ver que o livro é de auto-ajuda, já o desqualifico, viro a cara para ele.

Pois bem, meus amigos sabem que gosto de ler, por isso alguns me presenteiam com livros, e muitos deles são desse ramo. E eu nunca leio a maioria, ou começo, e vejo que não vai me levar a nada, logo os fecho e não leio mais nenhum da linha. Mas, como toda regra tem sua exceção, como sempre existem diamantes escondidos, ganhei um livro da minha mãe. Na hora virei a cara, pensei em não lê-lo... mas resolvi ler. E me encantei!

O livro chama-se “Nunca desista de seus sonhos” (Augusto Cury). Como um típico exemplar auto-ajuda, logo pensei que daria uns conselhos bobos, uma filosofia barata, uns “toques” sem nenhuma utilidade prática. Mas me surpreendi, felizmente. O livro é muito bom, expõe com clareza alguns fenômenos psicológicos que vivemos no dia-a-dia, não tem aqueles “toques” inúteis, nem aquele “faça isso, faça aquilo”. Ainda não terminei de ler o livro, estou quase no final, mas está me ajudando muito, e me ensinando muitas coisas.Essa semana ganhei outro livro, coincidentemente do mesmo autor. E, diferentemente do que fazia antes, já estou ansioso por lê-lo. Sei que vou ser bastante criticado por defender essa literatura, principalmente pelos amigos considerados mais “cultos” e “estudados”. Claro que não quero afirmar aqui que você deva ler todos os auto-ajudas que estiverem a sua frente, pois muito não valem nada, mas vale a pena arriscar alguns autores, deixar o preconceito de lado, conhecer um mundo novo e se surpreender com a boa qualidade deles.

5 comentários:

Fábio Nunes de Moura disse...

Olá Leandro, me chamo Fábio e achei o link do teu blog no orkut da Luana Elias. Li ele no geral, muito legal.
* Acho que realmente esse negócio de metas é complicado, por isso que meu blog é feito em conjunto, porque caso um não tenha inspiração ou tempo o outro cobre! Mesmo assim ter metas e cumpri-las não é simples, mas se não tivermos metas e sonhos, se não desejarmos nada, viver para quê? Não é?

* Muito legais os micro-contos.

* Todos os preconceitos são conceitos frustrados, por isso não gosto de nenhum deles, afinal ninguém deveria pré-julgar nada nem ninguém, não é? Que nem aconteceu com esse senhor no Jô, e que graças a Deus ele mostrou que era sábio e não medíocre, coisa de quem ficou rindo dele. Nesse mundo individualista muitas vezes temos que nos impor para receber o respeito necessário e mostrarmos que não é porque somos assim ou assado que não podemos ser bons.

* E, realmente o preconceito literário existe, eu também virava a cara para esses livros de auto-ajuda, mas depois que li: “Porque os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor” de Allan e Bárbara Pease, mudei bastante de opinião. O livro fala sobre as diferenças entre homens e mulheres e fala que conhecendo melhor essas diferenças poderemos viver melhor, mas não são simples “toques”, são pesquisas científicas que dão embasamento ao que eles dizem. Muito interessante, recomendo. Inclusive fiquei meio viciado e comprei outro livro dos mesmos autores, um sobre “Linguagem corporal”, excelente também. Mas o que mais me chateava era o preconceito lingüístico em cima da obra do autor Paulo Coelho, as pessoas acham que por tratar a maioria das vezes de assuntos ligados ao misticismo, ou às próprias experiências do autor nessa área e pela linguagem fácil, não poderia ser considerado muito LITERÁRIO. O que eu achava e continuando absurdo. Afinal só porque é popular e fácil não que dizer que não possa ser literário, ou bom. Mas ele dobrou a todos entrando na ABL, provando que o preconceito, seja qual for, não está com nada.

* Bom, vou parando antes que te chateei com tanto texto, fazer o que, como bom viciado em escrever, tu deve me entender.

* Também tenho um blog. Se puder passar lá e dar uma lida. Faço ele em conjunto com uns amigos(as). O link é www.desarranjosintetico.com.br .

Abraços.

Fábio Nunes.

Fábio Nunes de Moura disse...

Olá, é o Fábio de novo, me toquei de que pus o link para o meu blog erroneamente. O correto é: www.desarranjosintetico.blogspot.com .

Falou!

Fábio Nunes.

Juliana Dacoregio disse...

Olá. Bem, eu já escrevi sobre o tal preconceito literário: http://www.interney.net/blogs/heresialoira/2008/10/29/em_homenagem_ao_dia_nacional_do_livro_le/

Juliana Dacoregio disse...

O link saiu incompleto. Mas se quiser dar uma olhada é o post em homenagem ao dia nacional do livro.
abraços

Anônimo disse...

bom comeco